Humor
e Saúde
Há algum tempo que os cientistas sabem que o bom
humor só faz bem à saúde. Sabem também que podemos ficar doentes devido ao
enfraquecimento de nossas emoções. Distúrbios emocionais, aborrecimentos, raiva
e outros sentimentos negativos muito comuns em nosso dia a dia podem nos causar
diversas doenças. Conflitos criados por nós mesmos diante da vida, palavras
raivosas transmitidas a outrem, pensamentos e ações inadequados à boa educação,
atitudes negativas, estresse, medo, ansiedade, emoções desagradáveis, além de
mexerem com nosso sistema nervoso autônomo, podem ter um importante papel na
qualidade de vida psicológica.
Quando nos aborrecemos com as
pessoas que amamos e nos distanciamos delas, nosso ânimo pode ficar tão
alterado a ponto de doenças aparecerem. Assim também quando nos aborrecemos na
rua, no supermercado ou no Banco e partimos para a agressão verbal (ou física).
Todo nosso organismo pode sofrer com isso, passando dos distúrbios físicos, aos
mentais e aos desequilíbrios psicológicos.
Temos sempre uma lista de desejos
para serem concretizados: um grande amor, sucesso profissional, felicidade,
saúde, dinheiro, etc. Mas devemos ter em mente, que só conseguiremos consolidar
nossos desejos se tivermos um bom relacionamento com as pessoas que nos
rodeiam, se formos educados e gentis para com nossos amigos, familiares,
colegas de trabalho e vizinhos. Enfim, se encararmos a vida com bom humor e com
alegria. Nada pior no mundo do que a convivência com alguém infeliz, que vive
reclamando da vida e que, por isso, trata todo mundo mal. Nossa relação com o
mundo e com as outras pessoas é que vai definir o nosso modo de viver, modo
este que nos ajudará a alcançar nossas metas e prioridades. Sorrir para as
pessoas, cumprimentar e desejar um bom dia, tratar bem os outros, é o mínimo
que alguém educado, gentil e bem humorado pode fazer ao encontrar outra pessoa.
Mas nem sempre é assim, principalmente nas grandes cidades onde o desconhecido
geralmente nos faz temer.
Mau humor, nada mais é do que falta
de educação. Tratar os outros com desdém, rir das pessoas, gritar com os subalternos
ou com os mais desprotegidos é deselegante e inerente das almas inferiores; e
só mal vai lhes fazer. Se o mau humor vem de uma pessoa jovem, é terrível, pois
a juventude é a época da vida em que tudo são flores, onde estão construindo o
futuro, buscando a emancipação financeira e quando possuem tudo para serem
felizes. Mas se vem de uma pessoa mais velha, também não é legal, pois o idoso rabugento
é tido como caduco, gagá, senil, com mal de Alzeimer, mesmo não sendo nada
disso. As pessoas bem humoradas, alegres e divertidas, estarão sempre rodeadas
de amigos e terão mais sucesso na vida do que as ranhetas, rabugentas e
ranzinzas. Todos se lembram dos “Doutores da Alegria” que percorrem os
hospitais levando esperança para crianças com câncer, no intuito de fazerem
suas vidinhas mais felizes, mesmo naquele ambiente de dor e sofrimento.
Um lindo sorriso no rosto, aliado à
competência, é a chave para o sucesso na vida.
Se todos se preocupassem em viver
educadamente, sabendo que seu direito termina onde começa o direito do próximo,
seriam bem mais felizes e, consequentemente, teriam mais saúde.
No
entanto, devemos saber distinguir o simples mau humor de uma doença chamada
distimia, doença esta que, durante séculos, serviu para designar uma pessoa mau
humorada, irritadiça, de mal com a vida e que vive zangada, que não sente
prazer em nada, colocando defeito em tudo e em todos. Hoje em dia, sabemos que
a distimia é uma doença, um subtipo de depressão.
Certos fatores aumentam o risco de uma pessoa
ter distimia:
·
Ter um parente de primeiro grau com distimia ou depressão
·
Eventos estressantes, como a perda de um ente querido ou
problemas financeiros
·
Ser excessivamente dependente de aprovação e atenção das
pessoas próximas.
O paciente com distimia
tem cinco ou mais dos seguintes sintomas, por pelo menos dois anos
consecutivos.
·
Desinteresse ou perda do prazer pela maioria
das atividades que costumam ser prazerosas;
·
Irritabilidade, mau humor e descontentamento
constante.
·
Baixa autoestima;
·
Desmotivado nos estudos e trabalho;
·
Constante desesperança e pessimismo;
·
Insônia ou dorme excessivamente
(hipersonia);
·
Perda de apetite ou alimentação
exagerada;
·
Dificuldade de concentração e memória, levando
a queda significativa no desempenho;
·
Tende ao isolamento, poucos amigos e vida
social limitada;
·
Sente falta de capacidade.
Temos que ter cuidado para não
confundir o simples mau humorado com o doente, depressivo, que sofre com a
distimia. Com ajuda médica e medicação correta, a pessoa será mais sociável e
feliz, fazendo com que todos que convivem com ela também tenham uma vida
melhor.
Márcia Schweizer
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