domingo, 11 de outubro de 2020

SOU MAIS SAÚDE & BELEZA e a gravidez Após os 40 Anos Por Márcia Schweizer

Hoje em dia muitas mulheres trabalham fora, tendo como prioridade a construção de uma carreira. Por isso, deixam a maternidade para mais tarde, após terem a certeza de que estão estabilizadas em seus empregos. A concorrência com os homens é grande e devido aos preconceitos que ainda atrapalham a vida feminina, elas têm que provar que são tão capazes quanto eles. Essa mudança social trouxe uma consequência importante no planejamento familiar: elas engravidam após os 40 anos de idade. A gravidez tardia é sempre considerada de alto risco, (mesmo com uma mãe saudável), levando a muitos problemas, tanto para a saúde da mulher, quanto para a do seu bebê. Os maiores riscos da maternidade tardia são: aborto, má-formação do bebê, maior chance de parto prematuro e perda sanguínea. Devemos entender, para tomar uma decisão importante como esta, que o corpo da mulher tem um relógio biológico que determina seu grau de fertilidade. Assim, após os 35 anos de idade, sua fertilidade cai vertiginosamente. Muitas vezes é necessário fazer tratamentos demorados, caros, dolorosos e que nem sempre dão certo. Aos 37 anos, as chances de uma mulher engravidar naturalmente são de 10%. Aos 40 anos, cai para 5% e aos 45 é por volta os 2%, com os óvulos próprios e procedimento assistido. A maioria dos médicos desaconselham a gravidez após os 44 anos, principalmente se for a primeira vez, pois é diferente daquela mulher que já engravidou várias vezes. Quanto mais idade ela tiver, mais fica exposta a doenças que prejudicam a fertilidade, principalmente se fumam ou se usam álcool e/ou outras drogas. Para entender melhor como funciona o sistema reprodutor feminino, lembramos que uma menina nasce com dois milhões de óvulos nos seus ovários. Na primeira menstruação diminui para 300 a 400 mil óvulos e a cada ciclo menstrual natural 1000 são estimulados espontaneamente, mas apenas um deles chega à ovulação. Os outros 999 são absorvidos pela cavidade abdominal e perdidos. Isso significa que após os 25 anos de idade já foram perdidos 300 mil óvulos. Aos 35 anos começa uma importante redução de óvulos e aos 40 e 45 anos restam muito poucos e da pior qualidade, mais difíceis de serem fertilizados e gerarem uma gravidez. Por isso, os médicos e cientistas consideram os 45 anos a idade limite da gravidez, mas com apenas 2% de chances de sucesso. O envelhecimento do óvulo é a questão primordial. Mesmo uma mulher saudável, aos 45 anos tem seu óvulo de má qualidade, podendo levar a 50% de aborto e a má-formação fetal. Em raros casos, acontece de a mulher ser surpreendida com uma gravidez na menopausa, geralmente a partir dos 45 anos. Antes da menopausa a mulher passa pelo climatério, quando sente os sintomas da menopausa e tem seus ciclos menstruais irregulares. E é aí que ela pode engravidar, sendo que costuma confundir com o fim do período fértil, pelo fato da falta de menstruação. É uma gravidez de alto risco, tanto para a mãe quanto para o bebê e de muita preocupação para o médico, envolvendo muitos cuidados e criterioso acompanhamento. Há grande chance de abortamentos e partos prematuros, assim como má-formação fetal, doenças cardíacas, renais, neurológicas e pulmonares. A chance de gerar um bebê com Síndrome de Down é de 80%. A maioria das mulheres sente, desde bem pequenas, a vontade da maternidade, pois são incentivadas pela sociedade, que lhes dão bonecas de presente. Por isso, quando não conseguem engravidar ficam tristes. Porém, não é hora de dar adeus ao sonho de gerar uma criança. Podem usar óvulos doados por outras mulheres mais jovens. Quando sentirem o bebê mexendo em seu ventre, nem se lembrarão de que ele não foi fecundado com seu próprio óvulo. E quando o leite jorrar de seus seios e sentirem o pequenino ser sugá-los com força, sentirão um imenso amor materno e verão que tudo valeu a pena. Mas a legislação brasileira permite a doação de óvulos apenas para mulheres com até 50 anos de idade, porém não pode haver vínculo familiar entre a doadora e a receptora do óvulo. Há também a oportunidade da adoção. Adotar uma criança é um grande gesto de amor ao próximo e de responsabilidade também. Portanto, antes da adoção, o casal deve conversar bastante para terem a certeza de que é isso mesmo o que desejam. A criança adotada terá os mesmos direitos de um filho concebido e deverá receber o mesmo amor e cuidados. A experiência nos mostra que quando adotamos uma criança, seja ela de qual idade for tanto os pais adotivos quanto a criança terão um grande elo de amor entre si, que durará para o resto da vida. Uma criança adotada de nada difere da nascida do próprio ventre. Muitos pais adotivos afirmam que aquela criança foi um presente que Deus lhes deu. Por isso é chamada de filho do coração. E o melhor é que qualquer pessoa idônea, maior de 18 anos de idade, pode adotar uma criança, desde que tenha meios para mantê-la com dignidade. Márcia Schweizer – Jornalista, Poetisa e Professora

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