quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

SAÚDE & BEM ESTAR



Humor e Saúde

Há algum tempo que os cientistas sabem que o bom humor só faz bem à saúde. Sabem também que podemos ficar doentes devido ao enfraquecimento de nossas emoções. Distúrbios emocionais, aborrecimentos, raiva e outros sentimentos negativos muito comuns em nosso dia a dia podem nos causar diversas doenças. Conflitos criados por nós mesmos diante da vida, palavras raivosas transmitidas a outrem, pensamentos e ações inadequados à boa educação, atitudes negativas, estresse, medo, ansiedade, emoções desagradáveis, além de mexerem com nosso sistema nervoso autônomo, podem ter um importante papel na qualidade de vida psicológica.
Quando nos aborrecemos com as pessoas que amamos e nos distanciamos delas, nosso ânimo pode ficar tão alterado a ponto de doenças aparecerem. Assim também quando nos aborrecemos na rua, no supermercado ou no Banco e partimos para a agressão verbal (ou física). Todo nosso organismo pode sofrer com isso, passando dos distúrbios físicos, aos mentais e aos desequilíbrios psicológicos.
Temos sempre uma lista de desejos para serem concretizados: um grande amor, sucesso profissional, felicidade, saúde, dinheiro, etc. Mas devemos ter em mente, que só conseguiremos consolidar nossos desejos se tivermos um bom relacionamento com as pessoas que nos rodeiam, se formos educados e gentis para com nossos amigos, familiares, colegas de trabalho e vizinhos. Enfim, se encararmos a vida com bom humor e com alegria. Nada pior no mundo do que a convivência com alguém infeliz, que vive reclamando da vida e que, por isso, trata todo mundo mal. Nossa relação com o mundo e com as outras pessoas é que vai definir o nosso modo de viver, modo este que nos ajudará a alcançar nossas metas e prioridades. Sorrir para as pessoas, cumprimentar e desejar um bom dia, tratar bem os outros, é o mínimo que alguém educado, gentil e bem humorado pode fazer ao encontrar outra pessoa. Mas nem sempre é assim, principalmente nas grandes cidades onde o desconhecido geralmente nos faz temer.
Mau humor, nada mais é do que falta de educação. Tratar os outros com desdém, rir das pessoas, gritar com os subalternos ou com os mais desprotegidos é deselegante e inerente das almas inferiores; e só mal vai lhes fazer. Se o mau humor vem de uma pessoa jovem, é terrível, pois a juventude é a época da vida em que tudo são flores, onde estão construindo o futuro, buscando a emancipação financeira e quando possuem tudo para serem felizes. Mas se vem de uma pessoa mais velha, também não é legal, pois o idoso rabugento é tido como caduco, gagá, senil, com mal de Alzeimer, mesmo não sendo nada disso. As pessoas bem humoradas, alegres e divertidas, estarão sempre rodeadas de amigos e terão mais sucesso na vida do que as ranhetas, rabugentas e ranzinzas. Todos se lembram dos “Doutores da Alegria” que percorrem os hospitais levando esperança para crianças com câncer, no intuito de fazerem suas vidinhas mais felizes, mesmo naquele ambiente de dor e sofrimento.
Um lindo sorriso no rosto, aliado à competência, é a chave para o sucesso na vida.
             Se todos se preocupassem em viver educadamente, sabendo que seu direito termina onde começa o direito do próximo, seriam bem mais felizes e, consequentemente, teriam mais saúde.
              No entanto, devemos saber distinguir o simples mau humor de uma doença chamada distimia, doença esta que, durante séculos, serviu para designar uma pessoa mau humorada, irritadiça, de mal com a vida e que vive zangada, que não sente prazer em nada, colocando defeito em tudo e em todos. Hoje em dia, sabemos que a distimia é uma doença, um subtipo de depressão.
             Certos fatores aumentam o risco de uma pessoa ter distimia:
·         Ter um parente de primeiro grau com distimia ou depressão
·         Eventos estressantes, como a perda de um ente querido ou problemas financeiros
·         Ser excessivamente dependente de aprovação e atenção das pessoas próximas.
 O paciente com distimia tem cinco ou mais dos seguintes sintomas, por pelo menos dois anos consecutivos.
·         Desinteresse ou perda do prazer pela maioria das atividades que costumam ser prazerosas;
·         Irritabilidade, mau humor e descontentamento constante.
·         Baixa autoestima;
·         Desmotivado nos estudos e trabalho;
·         Constante desesperança e pessimismo;
·         Insônia ou dorme excessivamente (hipersonia);
·         Perda de apetite ou alimentação exagerada;
·         Dificuldade de concentração e memória, levando a queda significativa no desempenho;
·         Tende ao isolamento, poucos amigos e vida social limitada;
·         Sente falta de capacidade.
Temos que ter cuidado para não confundir o simples mau humorado com o doente, depressivo, que sofre com a distimia. Com ajuda médica e medicação correta, a pessoa será mais sociável e feliz, fazendo com que todos que convivem com ela também tenham uma vida melhor.

                 Márcia Schweizer 


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